A EEM. Padre Coriolano voltada para o ENEM, Chego Junto, Chego Bem, promove mais uma palestra ministrada pelo Professor Glauber Robson.
Neste
segundo momento iremos abordar assuntos da atualidade que são
apostas dos especialistas para o tema da redação no ENEM 2013, este
pequeno texto servirá como uma introdução ao conhecimento sobre o
assunto, pois conhecer a fundo mesmo só com mais pesquisas e
dedicação, aqui teremos um breve relato sobre: Educação, Saúde,
Mundial de 2014 e Homofobia. Boa leitura e bom desempenho no ENEM.
Educação
e Saúde
Com
o advento da Constituição Federal de 1988, a Educação e a saúde
passaram a configurar como um direito de todos e um dever do Estado.
No Brasil esta é uma luta bem antiga que a nossa carta magna veio
ratificar e compor nos termos legais, no entanto existe um imenso
abismo entre o que está descrito na lei e o que realmente acontece,
é nestes termos que iremos analisar neste pequeno texto alguns
aspectos destas garantias. Abaixo um pouco de cada uma delas.
Educação
A
educação brasileira divide-se em duas redes: a particular que
possui instituições diversas que cobram por seus serviços, desde
valores pequenos a mensalidades improváveis para a maioria dos
brasileiros e a rede pública que é responsável por efetivar aos
cidadãos o direito a educação, a divisão do sistema brasileiro de
educação é: A Educação Básica que é composta pela Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio e a Educação Superior
(as faculdades e universidades, tanto públicas quanto particulares).
O centro de nossa breve análise será a educação pública.
Os
principais problemas enfrentados pela escola pública brasileira são
a já tradicional falta de investimentos que mesmo sendo diminuída
gradativamente na última década não é suficiente para cobrir as
lacunas dos séculos sem investimento adequado, isso faz com que as
unidades educacionais tenham uma estrutura física inadequada, turmas
super lotadas, profissionais desmotivados e pouco qualificados, assim
este se torna o campo propício para os péssimos resultados que
assustam ao serem divulgados e aumentam o descrédito da sociedade no
sistema educacional vigente, ampliando o estigma de instituição
ruim que não cumpre o seu papel social.
É
importante observar que a educação não se faz apenas na escola e
que as ações concretas podem também ser feitas pela sociedade
civil, organizando-se, questionando os investimentos e fiscalizando
os recursos, assim é possível orientar melhor os rumos deste
importante setor. Hoje temos várias políticas públicas que apontam
para uma educação em processo de evolução, como: o FUNDEB (Fundo
de Desenvolvimento da Educação Básica); PNLD (Programa Nacional do
Livro Didático); PROUNI (Programa Universidade Para Todos), FIES
(Financiamento do Ensino Superior). Estas e outras apontam um norte
que diversifica o atual modelo de gestão educacional dos demais,
porém está muito longe do ideal para os anseios da população
brasileira do século XXI, pois temos um sistema antigo e cheio de
defeitos que não pode ser consertado rapidamente. É preciso
lembrarmos sempre que o processo educacional é lento, por isso nunca
coloque a educação como totalmente boa ou ruim, faça sempre um
contraponto entre o passado e o presente analisando o que evoluiu e o
que continua a partir daí proponha sugestões, sempre bem
argumentadas.
Saúde
O acesso a saúde no
Brasil é sempre um tema muito polêmico, por ser um dos setores onde
mais se enxerga a falta de investimentos e também por ser um serviço
de “necessidade imediata”, ou seja, quem esta doente não pode
esperar, o mesmo torna-se o centro das críticas da população.
Hospitais superlotados, postos sem médicos, falta de medicamentos
são reclamações constantes nos meios de comunicação e nas rodas
de conversa. Você pode se perguntar caro leitor: “se é um direito
por que então não cumprem?” Esta não é um pergunta tão fácil
de responder, pois mesmo tendo um dos sistemas de saúde mais
democráticos do mundo, isso mesmo o SUS (Sistema Único de Saúde) é
um dos mais avançados do planeta, em sua concepção, estruturação
e proposta, o problema é que ele esbarra na histórica falta de
investimentos neste setor que o impede de cumprir seus objetivos.
Então nos encontramos
em uma encruzilhada de um lado um aparato legal que inclusive está
sendo copiado pelos EUA, e do outro a realidade da falta de
atendimento. Em um tema como este você deve está atento para não
incorrer no erro de dissertar sobre os pontos críticos e não fazer
a contextualização do serviço prestado pelo governo, lembre-se
sempre que ele é um direito garantido, não cumprido como deveria,
mas cuidado para não usar termos como: “a saúde é totalmente
abandonada”; “não temos saúde”, etc. contextualize seja fiel
ao tema. Citar dados somente quando tiver certeza, nada de inventar.
Mundial
de 2014
Neste
tema é necessário ficar ligado para uma ampliação referente aos
grandes eventos, neste cenário além da copa do mundo de 2014,
entraria também as olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. Neste caso
diferencie bem os dois eventos, pois o primeiro será realizado em
todas as regiões do país enquanto o segundo terá seu foco no Rio
de Janeiro. A aposta neste tema se dá, além da magnitude do evento,
também pela recente onda de protestos ocorridos principalmente
durante a Copa das Confederações que mostrou a insatisfação de um
grande número de brasileiros com os investimentos.
Este
é um tema muito polêmico, pois opõe dois discursos muito fortes,
primeiro os dos que defendem os investimentos para a realização de
eventos deste porte. Estes baseiam-se nas obras de infraestrutura e
mobilidade urbana que ficam como beneficio após a realização dos
eventos esportivos, este é um forte argumento pois as cidades
envolvidas mostraram um forte crescimento dos investimentos e da
geração de emprego durante o período de 2007 a 2013, o incremento
também do turismo e do investimento em capacitação dos brasileiros
também foi real no perídio. É crucial também conhecer um pouco
dos dados e tipos de investimentos feitos para as obras, de acordo
com o site: www.brasil.gov.br/noticias,
estima-se que entre investimentos públicos e privados foram
aplicados: 28,1 bilhões de reais, nas seguintes áreas:
Mobilidade
urbana: 8,9 bilhões;
Aeroportos:
8,4 bilhões;
Estruturas,
equipamentos e capacitação em segurança: 1,9 bilhões;
Portos:
700 milhões;
Telecomunicações:
400 milhões;
Turismo:
200 milhões.
Do
outro lado os críticos que defendem que estes valores deveriam ter
sido investidos em setores estratégicos como: educação, saúde,
segurança. Estes argumentos são fortes por trazerem a tona
problemas vividos na sociedade brasileira em todas as cidades, como a
falta de infraestrutura em setores de serviços básicos.
Tome muito cuidado com os
números e noticias que você ver pelas redes sociais. É muito comum
as pessoas serem levadas a escreverem nos seus textos frases clichês
como: “é muito dinheiro”, “esse valor deveria ser gasto em
educação e saúde”, etc. Vamos a alguns números para que você
não cometa “enganos”: no mesmo período 2007 a 2013, foram
aplicados na saúde 447 bilhões e na educação 311,6 bilhões,
portanto tenha muito cuidado se você for tentado a colocar números
em sua redação, esteja seguro dos mesmos e principalmente os
argumente bem. Procurar dados em jornais, revistas e internet é uma
boa dica para reforçar os argumentos, lembre-se de ser criterioso
com as fontes pesquisadas.
Homofobia
Esta é outra aposta
forte para o tema da redação para o ENEM 2013, esse favoritismo se
dá pela polêmica que o tema é capaz de gerar e por sua constante
inserção na mídia, sendo muito reproduzido e debatido por diversos
setores.
A homofobia é
caracterizada pelo “medo” ou “aversão” a pessoas
homossexuais, bissexuais e transgêneros, é visto constantemente
através de ações antipáticas, desprezo, preconceito. A mesma é
observada como um comportamento hostil e crítico, o homofóbico
geralmente age de acordo com a percepção de que a orientação
sexual fora dos padrões heterossexuais é negativa e condenável.
As principais críticas
partem dos setores conservadores da sociedade em especial de grupos
religiosos exemplo claro disso é a posição de lideranças
evangélicas como o deputado Marcos Feliciano, que preside a Comissão
de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, que vem causando
polêmica com suas declarações claramente homofóbicas, isso
inclusive gerou manifestações por todo o país. O Brasil é o
segundo no mundo onde mais se matam homossexuais, mesmo tendo um
forte ativismo de luta pelos direitos deste setor, a reprodução
desse preconceito é grandiosa e o empurramos para gerações
futuras. Basta olharmos nossas escolas, nos diferentes grupos o
preconceito é fortíssimo. Mesmo muito destes comentários sendo
interpretados, por quem faz, como brincadeiras, essas ações acabam
por reproduzir e inibir essas pessoas que possuem uma orientação
sexual diferente da tradicional, esses comportamentos acabam por
reproduzir e internalizar nas gerações futuras o já antigo
preconceito.
A homossexualidade já
foi vista como uma doença, mas há 21 anos a Organização Mundial
de Saúde – OMS, retirou dos seus registros, reconhecendo como um
comportamento, uma escolha de opção sexual e não uma doença. Para
trabalhar um texto neste setor é importante ver o tema da homofobia
como uma questão de direitos humanos, ter consciência de que no
Brasil vivemos em um estado democrático de direito, onde todos os
cidadãos possuem a igualdade jurídica, independente da opção
sexual, do credo religioso ou da raça. Tudo isso é muito bonito na
prática, porém a conquista da efetivação deste direito universal
deve ser construída por todos nós, encarando este fato como uma
ação de cidadania e defesa dos direitos humanos.
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